Saudade... Tradução, talvez, exclusiva, mas sentimento universal. Tão universal e, ao mesmo tempo, tão comum, que já pode ser considerado uma característica intrínseca do ser humano. E o desencadeamento e posterior evolução deste sentimento deixaram de ser complexo há muito tempo, devido à intensidade com que se sucede tal sentimento.
E sentir saudade não se restringe somente a pessoas, mesmo que este tipo possa ser o mais intenso e habitual, e faça com que ofusque todo o restante. Na verdade, saudade não é apenas uma espécie de falta, carência ou ausência de algo ou alguém; na verdade, é um amor enrustido, ocultado, é mais uma forma de demonstração de afeto para com o outro e para com as coisas que você mais preza.
E você realmente vai sentir saudade (neste caso, de maneira genérica) quando se der conta de que o que está longe ficaria melhor perto, que palavras lidas por algum meio eletrônico soariam melhores vindas de uma sonora voz repleta de conforto e sinceridade, quando um abraço tivesse as medidas reais que complementassem o seu dia e o seu sorriso, e não apenas ficasse na memória, e assim sucessivamente.
E todos, sem exceção, sentem saudade de algo, principalmente de alguém. Há casos até que se pode sentir falta de algo que nem aconteceu, ou de alguém que ainda não se conheceu; é o que se chama de saudade precipitada, uma saudade de algo que ainda vai ocorrer. Soa como fantasia, mas é possível; afinal, ninguém prevê o futuro, mas tem a ver com expectativas.
Não é sempre que desfrutamos de oportunidades para transformarmos a saudade em uma ocasião, mas que nada impeça de eternizarmos cada momento em uma lembrança memorável; afinal, é preciso sempre nos lembrar de aproveitar ao máximo tudo o que de bom é nos oferecido, e o que não é bom, concentrar esforços e transformar em algo benéfico. E lembre-se: sentir saudade não é de todo ruim, mostra-nos como devemos valorizar determinadas coisas em nossas vidas quando estão distantes, e mais ainda quando estão ao nosso alcance.
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